Chroma Squad
Chroma Squad é uma criação única do Behold Studios, estúdio localizado em Brasília e que já tem uma grande experiência em títulos “indie” lançados no PC, como o elogiado Knights of Pen & Paper e jogos sociais ou mais simples para dispositivos mobile, como Save My Telly e Super Cutes, lançados no Android e iOS.
Já Chroma Squad é um pouco diferente. Ele é um RPG de estratégia em turnos que é inspirado pelos Super Sentai, como são chamadas as equipes de heróis japoneses que usam roupas coloridas na luta contra monstros – a exemplo de séries clássicas que passaram no Brasil, como Changeman e Flashman.
Chroma Squad foi lançado como um projeto no site Kickstarter, para que os fãs pudessem financiar a ideia, doando dinheiro ao Behold Studios. O game fez sucesso e obteve sua meta de forma fácil, destravando ainda alguns extras. Com o tempo de desenvolvimento já longo, porém, hoje em dia ele ganhou uma nova cara e outras novidades. O principal mote de Chroma Squad continua o mesmo: você é o responsável por um estúdio de TV que produz uma série no estilo de Super Sentai e precisa levantar a audiência. É necessário escolher o elenco, roupas, equipamentos de som, luz, efeitos especiais e, claro, gravar boas cenas de luta em um cenário característico.
Tudo isso ocorre de forma simples, com menus bem trabalhados e fáceis de entender. Apesar de simular um ambiente de estúdio de TV, em Chroma Squad a história segue como se realmente estivéssemos controlando uma equipe Super Sentai, com os heróis unidos na luta contra monstros e até mesmo controlando um robô gigante, quando o monstro cresce de tamanho.
Ninjin
Ninjin é outro game que nasceu como um projeto mobile e cresceu um pouco mais, ganhando a devida proporção no PS4. Produzido pelo estúdio Pocket Trap, o jogo é de ação frenética e lembre títulos do tipo “corredores infinitos”, mas com alguma variação na jogabilidade, como combates acirrados.
No controle de um coelho ninja, será preciso correr pelo cenário, lutar contra os oponentes e coletar itens para melhorar o personagem. Mas nada pode ser o que parece, já que em Ninjin os inimigos podem te surpreender com comportamentos únicos e aleatórios, sem falar nas fases, que estão sempre mudando.
Com as cenouras coletadas, o jogador junta a moeda válida do game para poder comprar novidades e uma possível e grande diversidade de armas para modificar os ataques do personagem e criar combos exclusivos. A versão para PS4 conta com 50 fases, um número bem superior em relação ao que foi visto na edição mobile além de outras novidades, como um modo de exploração, que deixa os movimentos do herói mais livres.
Toren
Toren talvez seja o jogo mais curioso e único dessa lista. Produção do estúdio Swordtales, o game foi financiado com a ajuda da Lei Rouanet e logo ganhou um espaço no PS4, após ter empolgado os executivos da Sony com seu nível de produção e qualidade.
Enquanto os outros títulos apresentados possuem gráficos mais simples e estilos mais minimalistas, Toren aposta no visual mais elaborado, com cenários e personagens em 3D e efeitos que podem ser vistos em todos os cantos das fases. Em desenvolvimento desde 2012, Toren quase foi cancelado, antes de chegar até aqui.
Tudo por conta das dificuldades de se desenvolver um game deste nível e porte no mercado brasileiro. Com o aporte do governo, o estúdio conseguiu ainda uma parceria com a editora do exterior, Versus Evil, para lançar o título no PS4, ainda este ano. Vale lembrar que, mesmo antes de ser lançado, o jogo já foi premiado lá fora, em eventos como o Independent Games Festival. Na história, o jogador controla uma menina, Moonchild, que precisa descobrir mais do mundo ao seu redor e, no meio de sua jornada, cresce e adquire novos conhecimentos. A jogabilidade é inspirada em games como Zelda e ICO, com vários elementos de exploração e alguns quebra-cabeças pelo caminho. Toren, neste caso, é o nome dado à torre por onde a menina passa sua vida e explora seus caminhos.
Outros já disponíveis
Para quem ainda não sabe, há uma série de jogos desenvolvidos por brasileiros e já disponíveis no PS4 e também em outras plataformas PlayStation. Um destes casos é o RPG Pier Solar and the Great Architects, que era um game de Mega Drive e foi transformado em um título de alta definição para o console. Outro título com DNA brasileiro disponível é Surgeon Simulator, um hilário simulador de mesa de cirurgias feito pelo Bossa Studios, de Londres, mas que é formado por brasileiros. Outro exemplo disponível no PS4 é o TowerFall Ascension, que não é exatamente uma produção 100% nacional, mas que foi co-produzido pelo estúdio MiniBoss, de São Paulo.
Já li e vi muita coisa sobre o jogo Toren, estou realmente ansioso pra joga-lo, espero que o jogo supere toda essa expectativa, vamos apoiar os jogos brasileiros e que mais brasileiros mostrem que também podemos fazer bons jogos, por enquanto e isso pessoal, um grande abraço a todos, FUI.
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